Após ser criticado por Lula, Bolsonaro o chama de vagabundo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a xingar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (7). Pelas redes sociais, ele respondeu a uma publicação em que o petista dizia que ele “anda nervoso” e xingando. O mandatário então comenta chamando o petista de “vagabundo”.
“Vamos viajar o Brasil, visitar os estados que vão ter segundo turno. E vamos fazer debates. Vi que o Bolsonaro anda nervoso, anda me xingando. Mas ele precisa saber quem quer ser um chefe de Estado não pode ficar nervoso”, escreveu Lula no Twitter.
Logo ele é comentado por Bolsonaro: “ que um Chefe de Estado não pode fazer é roubar, seu vagabundo!”.
Nesta sexta, o chefe do Executivo perdeu a linha durante uma entrevista coletiva concedida no Palácio da Alvorada.
Em tom exaltado, ele fez ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e a Lula.
“Alexandre de Moraes, mostre o valor das movimentações. Tenha caráter e mostre o valor das movimentações. É só tentativa de desgaste, isso é bem claro. A minha esposa não tem escritório de advocacia”, disse o presidente, aos gritos, em entrevista no Palácio da Alvorada.
“Você está ajudando a enterrar o Brasil, por questão pessoal. Não sei qual, mas é pessoal. Para onde vai o Brasil com essa quadrilha do PT voltando ao governo?”, completou Bolsonaro, em referência ao presidente do TSE.
Bolsonaro ainda sugeriu que alguns ministros preferem o candidato petista e disse que Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, é amigo “íntimo” de Moraes.
“Por que muitos preferem o Lula, alguns do Supremo? Porque vai ser mais orientado, vai ser mandado, vai ter rabo preso e [se houver] vontade de cassar o Lula, se um dia ele chegar, para o Alckmin, amigo íntimo de Alexandre de Moraes, assumir o governo”, disse.
A entrevista durou cerca de 40 minutos e foi filmada por veículos de imprensa. Ele conversou com os jornalistas após se reunir com o apresentador de TV José Luiz Datena.
Depois do ministro do Supremo, o alvo do chefe do Executivo foi Lula, seu opositor no segundo turno. O candidato à reeleição chamou o adversário de “pingunço” e ‘sem responsabilidade’.
“Se você botarem um pinguço para dirigir o Brasil, um cara sem qualquer responsabilidade que tem um rastro de corrupção, um rastro de deboche com a família brasileira, de ataques a padres e a pastores, de ataques às Forças Armadas, de ataques aos policiais, vocês acham que vai dar certo?”, disse.