Aluna que ateou fogo em colega é indiciada por tentativa de homicídio
A estudante de 19 anos que ateou fogo ao corpo de uma colega adolescente dentro de uma escola na capital goiana foi indiciada por tentativa de homicídio, com as qualificadoras de fogo, motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima. A jovem, que confessou o crime, teria praticado a ação depois de sofrer bullying por conta de seu bronzeado. Ela está presa.
A vítima teve queimaduras de 1° e 2° graus em cerca de 70% do corpo. De acordo com o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), para onde ela foi levada pelo Corpo de Bombeiros. O estado de saúde da aluna é grave. Ela respira com ajuda de aparelhos na unidade de terapia intensiva (UTI).
À PM, a agressora disse que, no dia anterior ao crime, a vítima tinha feito comentários pejorativos sobre o seu bronzeamento e, por isso, levou álcool, facas e isqueiro para a escola.
Conforme ela disse aos policiais militares logo após ter sido presa, a intenção era matar a colega.
Silêncio
A delegada Marcella Orçai, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou que a agressora permaneceu em silêncio durante interrogatório, mas afirmou que planejou matar a vítima com o fogo e as facas. De acordo com a investigadora, elas estudavam na mesma classe, porém, não eram amigas.
Na fila da merenda
Segundo relatos colhidos pela PM no local, a vítima estava na fila da merenda no momento em que a agressora se aproximou por trás.
Em seguida, de acordo com os relatos, a agressora jogou álcool na colega e ateou fogo. Funcionários da escola socorreram a aluna e chamaram o Corpo de Bombeiros.
A Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc-GO) informou que uma equipe de saúde acompanha e dá suporte aos familiares da vítima.
Outros servidores, segundo a pasta, atuarão diretamente na unidade escolar para acolher e acompanhar os demais alunos. A secretaria também disse que realizará uma apuração interna sobre a ocorrência.
Conforme a Polícia Civil, a estudante que ateou fogo na colega não possui antecedentes criminais. Ela foi indiciada por tentativa de homicídio triplamente qualificado: fogo, motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima.
Ainda de acordo com Orçai, apesar de ter alegado que a motivação do crime foi bullying “no inquérito não há ninguém que presenciou tal fato ou que tenha ouvido falar de rixa entre as duas”, disse ela.